O mercado de juros praticamente ignora a ação conjunta ampliada do Banco Central e do Tesouro nesta quinta-feira, 7, e opera os juros futuros em alta desde cedo. O ajuste das taxas está em linha com a disparada do dólar à vista até máxima acima dos R$ 3,90, aos R$ 3,9078 (+1,83%) - maior valor intraday desde 2 de março de 2016 (a R$ 3,9407).
Já o dólar para julho teve máxima a R$ 3,9170 (+1,57%). Às 9h43 desta quinta, o DI para janeiro de 2021 estava a 9,48%, de 9,23% no ajuste de Quarta-feira (6). O DI para janeiro de 2025 indicava 12,14%, de 11,97% no ajuste de ontem.
- Foto: DivulgaçãoJuros
A alta de 1,64% do IGP-DI de maio, ante +0,93% em abril e acima da mediana das apostas dos economistas (+1,42%), é precificada e mexe com as apostas de alta da taxa Selic na reunião do Copom deste mês (dias 19 e 20).
O Banco Central realiza operação compromissada de 9 meses (10h30), leilões extra (9h30) e de rolagem de swap cambial (11h30), enquanto o Tesouro, além de continuar fazendo leilão de recompra de Notas do Tesouro Nacional - Série F (NTN-F) (11h), realizará também nesta quinta e sexta-feiras leilões de compra e venda de Notas do Tesouro Nacional, Série F (NTN-F) (9h30).
Nesta quarta, após o anúncio dessas operações, um operador de renda fixa disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que a operação compromissada do BC pode ter efeito principalmente na parte intermediária da curva de juros futuros, mas poderá ter impacto também na parte longa, que tem ligação maior com o mercado internacional e com o dólar.
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