Com o aumento do desemprego, gerado pela crise econômica enfrentada pelo país nos últimos anos, o número de jovens entre 15 e 29 anos que nem estudam e nem trabalham cresceu 5,9% no último ano. São 11,155 milhões de pessoas consideradas “nem nem”, o que corresponde a 23% da população do Brasil.
Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que em Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) constatou o aumento de 619 mil pessoas nessa condição. A analista da Coordenação de Trabalho e Rendimento do instituto, Marina Águas, relaciona o aumento ao “momento econômico”.
- Foto: DivulgaçãoCresce o número de jovens que nem estudam nem trabalham
Para as mulheres o caso é mais grave, enquanto a porcentagem dos homens entre 15 e 29 anos que não estuda nem trabalham é de 17,4%, enquanto o percentual feminino chega a 28,7%.
Quando o assunto é não terminar os estudos, o motivo que as mulheres mais citaram foi estar trabalhando ou procurando emprego, com 28,9%. O segundo motivo mais comentado pelas mulheres foram os cuidados domésticos, enquanto 49,4% dos homens citaram o fato de estar trabalhando ou procurando emprego e apenas 0,7% citaram cuidar de crianças ou afazeres domésticos.
No fim de 2017 o IBGE divulgou dados que mostram que as mulheres trabalharam quase o dobro de horas que os homens. Em 2016 as mulheres trabalhavam 20,9 horas semanais contra 11,1 horas para os homens.
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