Neste mês de abril, as contas de energias terão bandeira tarifária vermelha e os consumidores vão pagar R$ 3 a mais por cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A bandeira nessa cor é usada quando é preciso acionar usinas termelétricas mais caras, por causa da falta de chuvas.
Neste ano, a bandeira vermelha ainda não tinha sido ativada. No mês passado, a bandeira tarifária em vigor foi a amarela, com adicional de R$ 2 para cada 100 kWh. Já nos meses anteriores, a bandeira era verde, onde as contas de energias não tiveram custo extra.
O sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o uso consciente, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). As cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração de eletricidade.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Conta de Energia
O sistema de bandeiras tarifárias existe desde 2015, e é uma forma de recompor os gastos extras com a utilização de energia de usinas termelétricas, que é mais cara do que a de hidrelétricas. Nas contas de energia, a cor da bandeira vêm impressa (vermelha, amarela ou verde) e indica o custo da energia em função das condições de geração.
Segundo a Agência Brasil, se chover menos, por exemplo, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar mais termelétricas para garantir o suprimento de energia no país. Nesse caso, a bandeira fica amarela ou vermelha, de acordo com o custo de operação das termelétricas acionadas.
Desconto na energia
Na última terça-feira (28), a Aneel aprovou um ajuste nas tarifas de 90 distribuidoras do país. A medida foi aprovada depois da companhia ter informado que, no ano passado, os brasileiros pagaram R$ 1,8 bilhão a mais na contas de energias.
O erro aconteceu porque o custo da energia proveniente da termelétrica de Angra 3 foi incluído nas tarifas do ano passado, mas a energia não chegou a ser usada porque a usina não entrou em operação. Segundo a companhia, o valor a ser devolvido será de R$ 900 milhões e os descontas chegarão a 20% também no mês de abril.
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