O presidente Michel Temer afirmou nesta segunda-feira (06), durante reunião no Palácio do Planalto com líderes de partidos governistas na Câmara que continuará se empenhando pela reforma da Previdência, mas ressaltou que a proposta pode não ser aprovada “em todo o conjunto”.
Segundo o presidente, a intenção é obter “avanços”, de modo a que um futuro governo possa fazer “uma nova revisão”. "Ela [a reforma da Previdência] é a continuação importante, fundamental, para, digamos, uma espécie de fecho das reformas que estamos fazendo. Eu quero dizer que eu continuarei me empenhando nela. Embora você não consiga fazer todo o conjunto do que a reforma previdenciária propõe, mas quem sabe nós conseguimos dar o avanço, até certo ponto que permita a quem venha depois, mais adiante, fazer mais adiante uma nova revisão da Previdência Social", declarou o presidente.
- Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoMichel Temer
De acordo com informações do G1, o líder do PMDB, deputado Baleia Rossi (SP), disse que o debate sobre a reforma da Previdência precisa ser iniciado novamente, porque antes das denúncias contra Temer apresentadas pela Procuradoria-Geral da República e rejeitadas pela Câmara, o governo tinha votos para a provar a reforma. "A realidade é que o quadro hoje não é esse. O governo não tem votos para votar uma PEC, o quórum qualificado de 308 votos", afirmou o deputado.
Michel Temer disse ainda que a reforma da Previdência não é dele, é do governo, mas de um “governo compartilhado”. Segundo ele, se a sociedade e o Congresso não quiserem aprovar a reforma, “paciência”. “Eu continuarei a trabalhar por ela [a reforma]. Eu sei da importância, como todos sabemos, da importância da reforma previdenciária”, declarou.
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