O Banco Mundial apresentou um relatório, “Um ajuste justo – propostas para aumentar a eficiência e equidade do gasto público no Brasil”, que diz que para cortar gastos sem interferir nos mais pobres é preciso que o Brasil acabe com as Universidades Públicas gratuitas.
A pretensão é que o governo continue subsidiando estudantes que estão entre os 40% mais pobres do país. Os estudantes de classe média e alta poderiam acessar algum crédito educativo como Fies e após o término da faculdade e inserção no mercado de trabalho, pagariam o valor equivalente pelo curso.
A proposta tem sentindo, tendo em vista que 65% dos estudantes matriculados nas Universidades Públicas fazem parte dos 40% mais ricos da população. Como essas pessoas tendem a aumentar a renda após a graduação, os técnicos acreditam que a gratuidade “pode estar perpetuando a desigualdade no País”.
Números
Atualmente, o governo gasta 0,7% do Produto Interno Bruto com o ensino superior e crescem 7% ao ano, acima da média mundial. “As despesas com o ensino superior são, ao mesmo tempo, ineficientes e regressivas”, diz o relatório. Por ano, caso houvesse uma reforma, o governo poderia economizar R$ 13 bilhões. A nível estadual o valor chegaria a R$ 3 bilhões.
O estudo sugere que além da cobrança de mensalidades, os gastos com os alunos sejam de acordo com o que é gasto pelas instituições mais eficientes. As demais teriam que se adaptar à realidade.
Ensino Básico
Caso as escolas de Ensino Fundamental e Médio seguissem o nível das melhores do sistema, as notas dos alunos na prova do índice de Desenvolvimento do Ensino Básico (Ideb) subiria 40% para o Fundamental e 18% para o Médio. O estudo mostra que atualmente o país gasta cerca de R$ 56 milhões a mais do que seria necessário para ter o atual desempenho, que é baixo.
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