A entidade que representa o setor de fundos de pensão no Brasil vê com cautela a recente aproximação de nomes do segmento com grandes projetos de infraestrutura anunciados pelo governo federal, como os aeroportos. "Tenho muita fé que cada fundo tenha feito e faça uma análise cuidadosa desses investimentos", disse o presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), José de Souza Mendonça.
Na primeira rodada de concessão dos aeroportos, em fevereiro, o consórcio Invepar-ACSA arrematou o Aeroporto de Guarulhos por R$ 16,2 bilhões para um período de 20 anos. Entre os sócios do grupo estão o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ), da Petrobras (Petros) e da Caixa Econômica Federal (Funcef).
"Os fundos não podem se deixar influenciar por injunções políticas e não podem ser forçados a fazer algo", disse Mendonça, ao comentar que essa recomendação vale igualmente para fundos de empregados privados ou públicos. "A natureza do fundo é sempre privada, não é pública, porque ele tem como finalidade pagar o benefício do participante", argumentou. "A infraestrutura é uma obrigação do governo e não de um fundo de pensão."
O presidente da entidade reconhece que projetos de infraestrutura podem ser destino de parte do investimento dos gestores, mas ressalta que a decisão exige cautela. Ao ser questionado sobre o investimento no terminal de Guarulhos, respondeu que "não sabe se foi um bom ou mau negócio". "Só espero que os fundos tenham visto se é um bom investimento".
Em entrevista durante o 33º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, a direção da Abrapp comentou que, se houvesse mais "segurança jurídica" nos projetos de infraestrutura, o investimento dos fundos poderia aumentar. Durante a conversa, Mendonça lembrou de alguns problemas recentes, como a tentativa de mudança na cobrança de pedágios no Paraná e a recente iniciativa de alterar contratos no setor elétrico.
Bovespa Mais
Os fundos de pensão têm interesse em ações de empresas pequenas e médias no Bovespa Mais. É uma opção diante do novo cenário de queda de juros no Brasil, declarou o presidente do Conselho Deliberativo da Abrapp e diretor-presidente da Fundação Atlântico de Seguridade Social, Fernando Pimentel.
"Isso daria mais alternativa aos administradores dos fundos de pensão", disse. "A BM&FBovespa e a CVM precisam nos ajudar a estruturar esse mercado."
As entidades vêm trabalhando para desenvolver o mercado de acesso no País e anunciam, no próximo dia 5, os resultados de estudo feito em sete países que possuem experiências bem-sucedidas na área. Também existe um grupo de mercado que pretende fazer sugestões de isenção fiscal para incentivar a abertura de capital de empresas menores.
Na busca por opções, um dos melhores investimentos feitos pelas fundações neste ano tem sido a compra de participações em companhias pequenas e médias, contou José Tarcísio Bezerra, gestor do fundo da Coelce, no Ceará. "Diversos fundos estão fazendo isso e conseguido bons retornos."
Na primeira rodada de concessão dos aeroportos, em fevereiro, o consórcio Invepar-ACSA arrematou o Aeroporto de Guarulhos por R$ 16,2 bilhões para um período de 20 anos. Entre os sócios do grupo estão o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ), da Petrobras (Petros) e da Caixa Econômica Federal (Funcef).
"Os fundos não podem se deixar influenciar por injunções políticas e não podem ser forçados a fazer algo", disse Mendonça, ao comentar que essa recomendação vale igualmente para fundos de empregados privados ou públicos. "A natureza do fundo é sempre privada, não é pública, porque ele tem como finalidade pagar o benefício do participante", argumentou. "A infraestrutura é uma obrigação do governo e não de um fundo de pensão."
O presidente da entidade reconhece que projetos de infraestrutura podem ser destino de parte do investimento dos gestores, mas ressalta que a decisão exige cautela. Ao ser questionado sobre o investimento no terminal de Guarulhos, respondeu que "não sabe se foi um bom ou mau negócio". "Só espero que os fundos tenham visto se é um bom investimento".
Em entrevista durante o 33º Congresso Brasileiro dos Fundos de Pensão, a direção da Abrapp comentou que, se houvesse mais "segurança jurídica" nos projetos de infraestrutura, o investimento dos fundos poderia aumentar. Durante a conversa, Mendonça lembrou de alguns problemas recentes, como a tentativa de mudança na cobrança de pedágios no Paraná e a recente iniciativa de alterar contratos no setor elétrico.
Bovespa Mais
Os fundos de pensão têm interesse em ações de empresas pequenas e médias no Bovespa Mais. É uma opção diante do novo cenário de queda de juros no Brasil, declarou o presidente do Conselho Deliberativo da Abrapp e diretor-presidente da Fundação Atlântico de Seguridade Social, Fernando Pimentel.
"Isso daria mais alternativa aos administradores dos fundos de pensão", disse. "A BM&FBovespa e a CVM precisam nos ajudar a estruturar esse mercado."
As entidades vêm trabalhando para desenvolver o mercado de acesso no País e anunciam, no próximo dia 5, os resultados de estudo feito em sete países que possuem experiências bem-sucedidas na área. Também existe um grupo de mercado que pretende fazer sugestões de isenção fiscal para incentivar a abertura de capital de empresas menores.
Na busca por opções, um dos melhores investimentos feitos pelas fundações neste ano tem sido a compra de participações em companhias pequenas e médias, contou José Tarcísio Bezerra, gestor do fundo da Coelce, no Ceará. "Diversos fundos estão fazendo isso e conseguido bons retornos."
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