O projeto de reforma do Imposto de Renda (IR) assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta terça-feira (18) trouxe uma mudança para os trabalhadores brasileiros. A proposta prevê isenção total de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil por mês, além de descontos progressivos para as faixas salariais entre R$ 5.500 e R$ 7 mil. A medida, que deverá começar a valer em 2026, tem como objetivo aliviar a carga tributária da população de baixa e média renda, além de gerar uma economia anual significativa para os trabalhadores.
Como funciona a isenção e os descontos
Até R$ 5.000: Isenção total de IR, com uma economia anual de R$ 4.356,89.
R$ 5.500: Desconto de 75%, proporcionando uma economia de R$ 3.367,68 por ano.
R$ 6.000: Desconto de 50%, com uma economia anual de R$ 2.350,79.
R$ 6.500: Desconto de 25%, resultando em uma economia de R$ 1.333,90 por ano.
Acima de R$ 7.000: Para quem ganha acima de R$ 7 mil, as alíquotas progressivas de 7,5%, 15%, 22,5% e 27,5% permanecem inalteradas, sem aumento, conforme o sistema vigente.
Impacto econômico e acompanhamento
O governo estima que a medida terá um impacto de R$ 27 bilhões nas contas públicas em 2026, ano previsto para o início da isenção. Contudo, para compensar essa perda arrecadatória, o texto propõe a fixação de um imposto mínimo sobre rendas mensais superiores a R$ 50 mil — o que equivale a uma renda anual de R$ 600 mil. Nesse caso, a alíquota será gradativa, variando de 0% a 10%, dependendo da faixa de renda.
De acordo com o secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, a reforma tem como objetivo beneficiar diretamente quem recebe até R$ 7 mil. "Pessoas que ganham R$ 7 mil não serão prejudicadas. Não haverá nenhum aumento", garantiu o secretário.