Jeyson Moraes
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a contratação de uma empresa para a instalação de 62 mil grades de proteção em Brasília. As grades serão colocadas na Esplanada dos Ministérios e nos Palácios da Alvorada e Planalto. Juntas, elas somam 124 quilômetros de extensão, o que equivale a uma distância superior ao trecho de deslocamento de São Paulo a Santos, cidades separadas por 85 km.
As grades de proteção são destinadas a aumentar a segurança dos prédios públicos, especialmente em áreas com possibilidade de ocorrência de aglomerações ou manifestações com potencial oferecimento de risco aos bens e autoridades a serem protegidos. O custo estimado da contratação é de R$ 986 mil.
O uso de grades de proteção já é comum em Brasília e tem alterado a paisagem da cidade nos últimos anos. O prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), a Praça dos Três Poderes, o Congresso e o Palácio do Planalto já possuem proteção física. Agora, a intenção é estender a proteção para as residências oficiais da Presidência, como o Alvorada e o Jaburu, onde moram, respectivamente, Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
A medida adotada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) pretende garantir a segurança dos prédios públicos em meio à previsão de manifestações em Brasília. A lista de compras do GSI inclui ainda um quilômetro de estruturas para “barricada de contenção de público” e outros seis quilômetros de tapume para fechar áreas de segurança.
O "cercadão" de Lula é bem superior ao de seu antecessor, Jair Bolsonaro, que também mandou colocar grades na frente de prédios públicos em Brasília, mas em menor quantidade. O número é quase o dobro do que havia no primeiro ano do antecessor do petista e 35% maior do que a quantidade de grades contratadas no ano passado.
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