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Coronavírus no Piauí

População quilombola será vacinada ainda esta semana no Piauí

Segundo dados da Gerência de Povos e Comunidades Tradicionais, o Piauí registra atualmente 31.830 quilombolas no estado.

Com a chegada de 85 mil doses contra a covid-19, terá início a vacinação da população quilombola e dos idosos de 70 a 74 anos. Os imunizantes são da CoronaVac, do Instituto Butantan, e Covishield, da parceria da FioCruz com a Oxford/AstraZeneca. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), através da Coordenação de Imunização, fará a entrega às Regionais de Saúde nesta segunda-feira (22).

Segundo dados da Gerência de Povos e Comunidades Tradicionais, o Piauí registra atualmente 31.830 quilombolas no Estado, as doses destinadas a esta população será Oxford/AstraZeneca, suficientes para atender 100% da demanda e 78% do grupo de 70 a 74 anos. A Sesapi, através da Coordenação de Imunização, inicia a entrega às Regionais de Saúde, nesta segunda-feira (22).


O Estado do Piauí já registra o número de 131.936 pessoas que receberam a aplicação da 1ª dose e 43.982 da 2ª dose. A orientação é aplicar a segunda dose da vacina com 28 dias após o recebimento da primeira.

De acordo com Herlon Guimarães, Superintendente de Atenção Primária à Saúde e Municípios, a imunização não é imediata. “Somente após 10 dias do recebimento da segunda dose que o organismo produz anticorpos que combatem a Covid-19. O Brasil tem a capacidade de distribuição das doses e experiência em campanhas de vacinação, mas é preciso que tenhamos mais doses disponíveis para avançar em número de pessoas imunizadas, agora é a vez da população quilombola e idosos de 70 a 74 anos”, explica.

O Ministério da Saúde havia incluído a população quilombola como prioritária na vacinação, mas somente agora com dois meses do início da campanha que receberão a aplicação da primeira dose da vacina. O diretor-geral do Instituto de Terras do Piauí (Interpi), Chico Lucas, já vinha atuando fortemente para assegurar o direito de receberem a imunização contra o Coronavírus.

“Com a doação das áreas identificadas como territórios tradicionais, conforme disposto na Lei nº 7.294, de 10 de dezembro de 2019. Contamos com a Gerência de Povos e Comunidades Tradicionais que, igualmente, fortalece e valoriza a resistência dessas comunidades, mantendo o olhar administrativo do Poder Executivo sobre suas demandas e seus direitos, como cidadãos piauienses. E, agora, entendemos como indispensável a imunização dessas pessoas, como forma de garantir sua própria existência”, declara o diretor do Interpi.

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