O Fórum Nacional de Governadores encaminhou, nessa quinta-feira (17), ofícios ao presidente da República, Jair Messias Bolsonaro e ao Ministério da Saúde solicitando que seja feito um controle mais forte sobre o estoque de medicamentos para o tratamento de pacientes com covid-19.
O governador do Piauí Wellington Dias (PT-PI), que é coordenador do tema vacinas do Fórum de Governadores, afirmou que o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) está acompanhando junto às secretarias estaduais de Saúde
“Encaminhamos pelo Fórum dos Governadores do Brasil, um documento dirigido ao presidente da República Jair Bolsonaro e também ao ministro da Saúde, para além das medidas de monitoramento já encaminhadas pelo ministério em direção a Anvisa, para que a gente tenha um controle mais forte sobre o estoque e abastecimento de medicamento”, explicou Dias.
“Temos um levantamento do Conass que faz um alerta de que já em várias regiões há escassez no abastecimento de medicamentos. Muitos deles tendo de 0 a 20 dias no máximo de estoque, principalmente analgésico, anestésicos, bloqueador neuromuscular”, alertou o governador do Piauí.
Wellington Dias informou que pelo menos 18 estados já estão com dificuldades devido à escassez de bloqueador neuromuscular. Para ele, é necessário mais do que um monitoramento, mas também, medidas para aquisição a nível nacional, via Ministério da Saúde.
“Já são 18 estados, por exemplo, que têm dificuldades com escassez de bloqueador neuromuscular. São medicamentos essenciais para quem está sendo tratado em UTI, em leitos clínicos. Por essa razão queremos que se tenha mais do que um monitoramento. Que se tenha medidas para aquisição a nível nacional, pelo Ministério da Saúde, para distribuição aos estados, aos municípios, a rede hospitalar”, explicou Wellington.
O governador adiantou que as medidas são necessárias para evitar um colapso maior na rede hospitalar. “Se for necessária a importação combinada com a indústria brasileira para também poder garantir as condições de atendimento emergencial. O objetivo é evitar colapso no abastecimento de pelo menos 11 medicamentos que já faltam para que a gente não tenha um colapso, dentro do colapso na rede hospitalar”, encerrou o governador.
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