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Coronavírus no Piauí

Wellington Dias afirma que houve queda na taxa de transmissão da covid-19

“Comemoro muito a redução da transmissibilidade, que é um ponto primordial para que a retomada [das atividades econômicas] seja possível", destacou o governador.

A nova etapa da pesquisa sorológica realizada pelo Governo do Piauí entre os dias 27 a 30 de junho, mostrou que houve uma queda na taxa de transmissibilidade do novo coronavírus (covid-19), passando de 1.8 para 0.87 em 10 dias. O governador Wellington Dias (PT-PI) disse que o número é favorável para a reabertura das atividades econômicas na próxima segunda-feira (6). A pesquisa foi realizada pelo Instituto Amostragem.

O relatório aponta que em 20 de junho, a cada 100 infectados, o vírus era repassado para outras 180 pessoas. Em 30 de junho, o mesmo número de infectados era responsável pela transmissão para outros 87 indivíduos. O índice é o menor registrado no Piauí desde o dia 03 de junho, quando a taxa de transmissibilidade girava em torno de 0,9.


  • Foto: Lucas Dias/GP1Governador Wellington Dias  Governador Wellington Dias

“Ou seja hoje 100 pessoas estão transmitindo para 87 pessoas. Todo nosso esforço teve um resultado. Menos gente está transmitindo em cada bloco. Isso com o uso de máscara, as barreiras sanitárias, o Busca Ativa, a quarentena, o distanciamento, a lavagem das mãos. Isso tudo está ajudando. O principal ator é você. Vamos contribuir para evitar transmissão que terá menos óbitos”, disse o governador.

A taxa de pessoas imunizadas já é maior que o número de pessoas infectantes. “Os indivíduos que estão transmitido a doença, os chamados infectantes, foi de 136. 996. Já os imunizados já somam 279.701. Essas são as pessoas que criaram anticorpos. Esse número cresce acima dos que se infectam. Temos chance de vencer o coronavírus no Piauí”, afirmou o governador.

A 8ª rodada de pesquisas com testes rápidos também busca elucidar a real taxa de infecção da covid-19 em municípios piauienses. A estimativa é de que o Estado possua 416.696 infectados. Mas os dados oficiais da Secretaria de Saúde, apontaram, no período do estudo, 19.158 notificações da doença e 615 óbitos. Nesta proporção, o Piauí teria 22 casos infectados para cada notificação oficial.

O estudo separou as pessoas infectadas em três tipos: as que se infectaram há mais tempo - pelo menos três semanas (IgM negativo e IgG positivo); as que pegaram o vírus não tão recente, mas há até três semanas (IgM e IgG positivos); e as que se infectaram recentemente - entre 7 e 14 dias (IgM positivo e IgG negativo). A pesquisa fez essa separação porque a contaminação é maior entre os que se infectaram mais recente, no caso o terceiro grupo.

Recuperados

Outra importante conclusão apresentada no novo relatório é de que a população que já foi exposta ao novo coronavírus e se recuperou tem aumentado em proporção maior do que os novos infectados. Os dados levantados pelo Instituto Amostragem apontam que cerca de 15% dos piauienses já foram expostos ao vírus, incluindo pessoas em isolamento social. “Assim, registra-se uma diminuição continuada de pessoas que estão suscetíveis a infecção”, explica o diretor do Instituto Amostragem, Batista Teles.

Dados da pesquisa

Nesta etapa, 4.014 testes e entrevistas foram feitos em 11 municípios (Parnaíba, Piripiri, Campo Maior, Teresina, Floriano, Oeiras, Picos, São Raimundo Nonato, Uruçuí, Corrente e Valença), chegando a 511 testes positivos. O Instituto Amostragem e a Sesapi realizam o Inquérito Soroepidemiológico desde o dia 25 de abril, quando começou a primeira rodada de pesquisas.

Flexibilização

Segundo Wellington Dias, os resultados das pesquisas são fundamentais para a retomada das atividades com segurança. “Comemoro muito a redução da transmissibilidade, que é um ponto primordial para que a retomada [das atividades econômicas] seja possível. Destaco que as medidas mais restritivas do último fim de semana e dos quatro dias desta semana visam justamente essa diminuição, pois só dessa forma podemos flexibilizar. Junto a isso temos também a queda do número de pessoas que precisam ser internadas em razão de outras doenças respiratórias agudas graves, a ampliação de leitos que evitam o risco de colapso e a estabilização do número de óbitos. Tudo isso nos permite a reabertura de forma gradativa, controlada e segura”, afirmou o governador.

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