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Coronavírus no Piauí

Sindicom quer fazer acordo com lojistas para evitar demissões

"Ficariam asseguradas todas as cláusulas da convenção anterior, assegurado o direito da empresa de fazer a redução de jornada e redução de salários", afirmou o secretário geral Gilberto Paixã

Em entrevista ao GP1 na quinta-feira (16), o secretário geral do Sindicato dos Comerciários de Teresina, Gilberto Paixão, explicou que foi enviada uma proposta para o setor lojista a fim de minimizar os efeitos da crise gerada durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19).

A proposta, conforme Paixão, será para prorrogar a convenção coletiva da categoria do dia 1 de junho para o dia 31 de dezembro, garantindo assim que os profissionais não tenham reajuste salarial por este período.


  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1Gilberto Paixão  Gilberto Paixão

"Essa proposta é que com a prorrogação da convenção coletiva, ficaria garantido que não haveria reajuste em dezembro, só em janeiro, naturalmente a gente mudaria a data base”, disse.

"Ficariam asseguradas todas as cláusulas da convenção anterior, assegurado o direito da empresa de fazer a redução de jornada e redução de salários, nos termos da medida provisória e algumas outras garantias que são ticket alimentação, que já faz parte, como também a segurança do plano de saúde”, continuou o secretário geral.

Férias coletivas

Ainda de acordo com o Paixão, desde que o comércio foi fechado, os lojistas deram férias coletivas para os trabalhadores. As férias encerram dia 30 de abril, dia que também vence o decreto estadual proibindo as atividades comerciais não essenciais.

Demissões

Paixão disse ainda que algumas empresas estão demitindo, mas reiterou que caso a empresa esteja fazendo uso dos benefícios da medida provisória 936 de 2020, não poderão demitir. A MP permite que o empregador diminua a carga horária ou suspenda o contrato do funcionário e o governo vai compensar parte da perda salarial.

"Temos conhecimento de algumas empresas que estão demitindo, como o Paraíba, algumas empresas de grande porte andaram demitindo porque é necessário, mas queremos fazer prevalecer porque as empresas não vão poder demitir se tiver utilizando da medida provisória 936”, disse.

"Se ele tem a seu favor a redução de pagamentos diretamente na folha e o governo entrar na contrapartida, automaticamente tira o direito de demitir. E também nessa própria prorrogação da convenção coletiva, também faz com que possa prorrogar por dois meses a redução de salário e jornada por mais dois meses posteriores de estabilidade para o trabalhador”, finalizou.

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