O presidente em exercício, Hamilton Mourão, disse nesta segunda-feira, 9, que os protestos marcados para o dia 15 de março têm como pauta o "apoio às reformas". Ele foi questionado por jornalistas se o governo vai trabalhar para dissuadir atos contra o Congresso e o Judiciário durante os protestos.
De acordo com a editora do BR Político e colunista do Estado, Vera Magalhães, ministros têm aconselhado o presidente Jair Bolsonaro a pedir o cancelamento dos atos. Para aliados de dentro e fora do governo, o gesto seria melhor do que um eventual fracasso. Eles sugerem que o presidente use como argumento os riscos de aglomerações para a proliferação do novo coronavírus.
"A manifestação está colocada aí como apoio às reformas. Acho que sobre a questão com o Congresso, temos que aprofundar o diálogo, trabalho que está sendo feito pelo ministro (Luiz Eduardo) Ramos para que a gente consiga avançar naquilo que precisa avançar", disse Mourão.
O presidente em exercício afirmou ainda que não vai aos protestos, mas que "não vê problema" nos atos. "Está sendo acompanhado. Manifestação faz parte da vida democrática. Desde que ordeira, pacífica, não vejo problema."
O presidente Jair Bolsonaro convocou no sábado, 7, a população para participar dos protestos. Em evento em Boa Vista, Roraima, Bolsonaro disse que a manifestação é "espontânea" e "pró-Brasil", e não contra o Congresso ou o Judiciário. "Participem e cobrem de todos nós o melhor para todo o Brasil", afirmou.
Ver todos os comentários | 0 |