O empresário Mark Zuckerberg, proprietário do Facebook, em entrevista à rede americana CNN, comentou as eleições de 2018 no Brasil e disse que estará comprometido para garantir a integridade da disputa eleitoral, em relação aos dados e informações, que devem ser divulgadas nas redes sociais.
A declaração aconteceu após o grande escândalo nos Estados Unidos, sobre o vazamento de dados pessoais de 50 milhões de usuários do Facebook para uma empresa de consultoria de marketing que trabalhou na campanha de Donald Trump para presidência. Mark Zuckerberg lamentou o vazamento dos dados e disse que não deveria ter confiado na empresa Cambridge Analytica quando ela afirmou que teria deletados todos os dados dos usuários que tinha adquirido de maneira inapropriada. Essa empresa teria usado as informações para construir uma aplicação destinada a prever as decisões dos eleitores e também a influenciá-los.
- Foto: Facebook/Mark ZuckerbergMark Zuckerberg, proprietário do Facebook,
Neste ano, o Brasil passa por uma eleição que irá escolher o novo presidente da república, governadores e deputados federais e estaduais. O empresário disse que o Facebook irá trabalhar para que não ocorram interferências na disputa eleitoral.
"Há um trabalho muito duro que precisamos fazer para dificultar que nações, como a Rússia, interfiram em eleições, que trolls espalhem notícias falsas. Temos a responsabilidade de fazer isso, não só para as eleições de meio de mandato nos EUA. Há uma grande eleição na Índia nesse ano, há uma grande eleição no Brasil. Pode apostar que estamos muito comprometidos em fazer tudo o que pudermos para garantir a integridade dessas eleições no Facebook", disse.
Na entrevista ele foi questionado sobre o impacto do Facebook na eleição presidencial nos EUA. "O que está claro é que em 2016 não estávamos tão à frente de uma série de questões como deveríamos estar, se houve uma interferência russa ou notícias falsas", disse Mark, destacando que "o que vemos é muitas pessoas tentando provocar uma divisão. Essa foi uma enorme tática que vimos os russos tentando usar nas eleições de 2016. Na verdade, pelo o que podemos afirmar, a partir dos dados que temos, a maior parte do que eles fizeram não foi diretamente sobre as eleições, era mais sobre dividir as pessoas".
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