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Ciência e Tecnologia

Anvisa aprova 1º remédio para tratar Atrofia Muscular Espinhal

A aprovação da Anvisa será publicada no Diário Oficial da União na próxima segunda-feira (28).

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta sexta-feira (25), o registro do nusinersen (substância que atende pelo nome comercial de Spinraza), primeiro medicamento para tratar Atrofia Muscular Espinhal (AME), uma doença genética rara que, nos casos mais graves, dá expectativa de vida até os 2 anos de idade.

A aprovação da Anvisa será publicada no Diário Oficial da União na próxima segunda-feira (28). O medicamento será vendido na forma de solução injetável e concentração de 2,4 mg/mL. A detentora do registro do medicamento no país é a empresa Biogen Brasil.

Até agora, os pais de crianças com AME que importavam esse medicamento do exterior tinham que gastar em torno de R$ 3 milhões, somando-se os custos do próprio remédio e os impostos para que ele pudesse entrar no país. E esse valor é referente apenas ao primeiro ano de tratamento.


Muitos promoveram campanhas na internet para arrecadar doações, como é o caso do bebê Joaquim, diagnosticado com AME Tipo 1.

A AME ataca o sistema nervoso até o ponto em que o paciente não consegue se mover ou mesmo respirar. Ela atinge um em cada 10 mil bebês nascidos. A doença se caracterizada pela degeneração de neurônios motores da coluna vertebral e, até o momento, não tinha opções terapêuticas disponíveis no Brasil.

O diretor-presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa, disse que o Spinraza “é um medicamento que muda a história da AME, dando uma possibilidade concreta de melhora significativa na qualidade de vida dos portadores dessa doença”.

O processo de registro do medicamento recebeu prioridade de análise assim que foi protocolado junto à Anvisa, em maio deste ano. A análise, feita em cinco meses, foi considerada bem rápida, se comparada com a maioria dos outros pedidos de registro que passam pelo órgão. No Canadá, por exemplo, esse processo de análise levou seis meses.

O Spinraza está registrado em EUA, Europa, Japão e Canadá. Outros países, como Suíça e Argentina, estão ainda durante o período de análise para futura aprovação.

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