Fechar
GP1

Brasil

Assédio continuou no Ministério dos Direitos Humanos mesmo depois de Silvio Almeida, diz MPT

Ministério Público do Trabalho apura alto número de afastamentos por problemas de saúde mental.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) está investigando indícios de assédio moral dentro do Ministério dos Direitos Humanos, situação que, segundo o órgão, seria generalizada e não restrita apenas ao período da gestão do ex-ministro Silvio Almeida. A investigação, que se iniciou com suspeitas de assédio no alto escalão, foi ampliada após depoimentos de vítimas e testemunhas que indicaram que o problema persistiu, mesmo após a saída de Almeida do cargo.

A princípio, o MPT acreditava que as práticas de assédio moral eram isoladas e relacionadas apenas a membros da alta gestão do Ministério durante o comando de Silvio Almeida, que enfrentou também denúncias de assédio sexual. No entanto, conforme a investigação avançou, constatou-se que o assédio moral era uma prática recorrente dentro da pasta e afetava não apenas os servidores próximos ao ex-ministro, mas também outros setores do ministério.

Foto: Lucas Dias/GP1Ministério Público do Trabalho
Ministério Público do Trabalho

Um dos principais indícios que levaram o MPT a expandir as investigações foi o alto número de afastamentos por questões de saúde mental entre os servidores, além de frequentes mudanças de funcionários dentro da pasta. O MPT busca compreender a extensão do problema e avaliar a necessidade de medidas corretivas. O ministério, por sua vez, afirmou que desde a posse da ministra Macaé Evaristo, está apurando todas as denúncias.

A investigação também envolve acusações de represálias contra uma funcionária que denunciou assédio sexual e moral durante a gestão de Silvio Almeida. Em janeiro, o Ministério dos Direitos Humanos comunicou à Controladoria-Geral da União (CGU) sobre "sérios indícios" de que a pasta retaliou a funcionária. A apuração foi transferida para a Advocacia-Geral da União (AGU).

Ao final do inquérito, o MPT poderá firmar um acordo para que o ministério implemente medidas de prevenção e combate ao assédio moral. Caso as medidas não sejam suficientes, o órgão pode recorrer à Justiça Trabalhista e exigir o pagamento de multas.

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2025 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.