A defesa do general Mário Fernandes pediu o impedimento do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), para julgá-lo no processo em que ele é acusado de envolvimento em tentativa de golpe de Estado. A solicitação foi protocolada nessa segunda-feira (24).
O advogado do oficial do Exército alega que Dino não teria uma atuação isenta, por ter sido ministro da Justiça e Segurança Pública na ocasião dos atos de 8 de janeiro.
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“A questão central é a pré-concepção de culpabilidade que, à época, ele manifestou enquanto ocupava o cargo. Esse juízo prévio de culpabilidade compromete sua equidistância e isenção para julgar o nosso cliente”, afirmou o advogado Marcus Vinícius Figueiredo, em entrevista à CNN.
Nessa segunda (24), Flávio Dino se manifestou sobre a controvérsia e garantiu que não há desconforto em relação ao caso.
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“Em relação a mim, não há nenhum desconforto, nenhum incômodo, nada nesse sentido, porque considero que os advogados dele [Bolsonaro] e de todos os demais denunciados têm, não só o direito, como o dever de exercer a ampla defesa”, disse o ministro em entrevista a jornalistas durante evento na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
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