O cantor Compadre Washington, de 63 anos, foi acusado de transfobia após uma interação com uma fã durante um show do grupo É o Tchan, realizado no último final de semana no Pará. Durante o evento, o artista chamou a fã ao palco e insistiu para que ela dissesse seu nome de registro, desconsiderando o nome social que ela havia apresentado. A jovem, que se identificou como "Realeza Kethellen, a única do leque", foi pressionada repetidamente até revelar seu nome de batismo.
Após pressionar a fã, o cantor comentou: "Aí, sim! Falou a verdade! Mentira tem perna curta." Diante da repercussão, Compadre Washington se manifestou por meio de um vídeo publicado nas redes sociais. No vídeo, ele explicou: "Pessoal, vocês que me conhecem sabem que eu sou um cara bem animado, bem para frente, bem feliz, mas vim falar uma coisa bem séria. Quero me desculpar." O cantor reconheceu que sua brincadeira ultrapassou os limites e afirmou que o tipo de comportamento não é mais aceitável na sociedade atual: "Fiz uma brincadeira e passei do tom, e no mundo em que vivemos hoje, isso não existe mais. Essas brincadeiras, porque o mundo evoluiu."
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Ele concluiu se desculpando diretamente com a fã envolvida, Kethellen, e com todas as pessoas que se sentiram ofendidas, afirmando: “Desculpa aí”.
O nome social é um direito estabelecido por lei no Brasil, que garante o reconhecimento da identidade de gênero de pessoas travestis e transexuais. A possibilidade de alterar o nome no registro de nascimento de forma administrativa, sem a necessidade de recorrer à Justiça, foi autorizada no país em 2018.
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