A oposição encontrou mais um argumento para sustentar um possível pedido de impeachment contra o presidente Lula: o bloqueio de R$ 6 bilhões do programa Pé-de-Meia, determinado recentemente pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
O Pé-de-Meia, criado para conceder um auxílio de R$ 200 mensais a estudantes do ensino médio como forma de combater a evasão escolar, passou a ser comparado às "pedaladas fiscais" — manobra contábil que culminou no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff em 2016.
Os cenários apresentem semelhanças que aumentam a pressão política e econômica sobre o governo. Assim como no caso de 2016, os gastos do governo com o programa Pé-de-Meia foram realizados fora do orçamento aprovado pelo Congresso Nacional, o que compromete tanto a transparência quanto o controle das despesas públicas.
Além disso, ambos os episódios são marcados por um cenário de fragilidade política. O apoio ao Partido dos Trabalhadores (PT) no Congresso vem se deteriorando, o mercado demonstra crescente desconfiança quanto ao equilíbrio das contas públicas, e o poder de compra da população segue em queda, agravando o descontentamento social.
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