Carolina Matta
Os estados da região Nordeste, comandados por governantes de esquerda ou do centrão, apresentam os piores indicadores de violência. Mesmo assim, apoiaram o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que limita o uso das forças policiais. Nesses estados os índices de violência são maiores do que comparado aos estados do Sul e Sudeste, onde os governantes são contra o decreto e já pediram a revogação da medida.
No Mapa da Segurança Pública, o ranking dos cinco estados com maior registro de homicídios em 2023, três são do Nordeste. Em primeiro lugar está a Bahia, com 4.620. Em segundo o Rio de Janeiro, com 3.566 casos, seguido por Pernambuco, com 3.332. No quarto lugar está o Ceará, com 2.893 homicídios. Por último, Minas Gerais, com 2.657 casos.
Na região também estão dois dos três estados que mais matam policiais no país. No levantamento que corresponde ao registro de furtos e roubos de veículos, dos 10 estados que compõem a classificação, cinco são nordestinos.
Do total de 17 mil crimes contra a vida sem solução em 2023, 20% são registrados no Nordeste. A região também é considerada onde mais se registra roubos de celulares no país, com seis estados nordestinos compondo o ranking das dez unidades da federação com mais registro desse tipo de ocorrência.
Segundo especialistas, a medida que impõe o uso de arma de fogo como último recurso, assinada por Lula, representa um risco tanto aos policiais como para a população. “O decreto pode provocar uma disparada ainda maior desses indicadores, da morte de policiais que ficam restritos a utilizar armas de fogo apenas como um último recurso, oferecendo tempo e chances de criminosos atentarem contra a vida dos profissionais da segurança o que deixa toda a população mais vulnerável”, afirmou o advogado especialista em segurança pública, Alex Erno Breunig.
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