O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja realizar uma reforma ministerial somente após a eleição dos novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, marcada para o dia 1º de fevereiro. Apesar de sinalizações anteriores do ministro da Casa Civil, Rui Costa, indicando que as mudanças poderiam ocorrer ainda em janeiro, é provável que elas sejam adiadas para permitir a participação dos novos líderes do Congresso no processo de definição.
Nos bastidores, a estratégia é clara: Lula pretende reconfigurar o governo somente após a composição das mesas diretoras das duas Casas Legislativas. Essa abordagem reforça a intenção de incluir os futuros presidentes da Câmara e do Senado nas discussões sobre a formação da Esplanada.
Há especulações de que os atuais presidentes, Arthur Lira (PP-AL), da Câmara, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do Senado, poderão assumir cargos ministeriais após deixarem seus postos. Entre as possibilidades, Pacheco é apontado como um nome forte para o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), atualmente sob o comando de Ricardo Lewandowski.
O Ministério da Defesa também está entre as pastas que devem passar por mudanças. O atual ministro, José Múcio Monteiro, já manifestou a intenção de deixar o cargo por razões pessoais. Para substituí-lo, o nome mais cotado é o do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que acumula a liderança do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
Além dessas alterações, há expectativa de mudanças em ministérios mais próximos à Presidência, como a Secretaria-Geral, atualmente comandada por Márcio Macêdo.
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