Na terça-feira (14), a Polícia Civil de São Paulo descobriu um plano detalhado do Primeiro Comando da Capital (PCC) durante uma operação realizada em Presidente Venceslau (SP). O documento foi encontrado na cela de Luís Alberto dos Santos Aguiar Júnior e descrevia uma série de ações coordenadas, chamadas de "resposta de sangue", que visavam ataques a policiais e incluíam estratégias para manipular manifestações públicas.
A operação, denominada Scream Fake, foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), em parceria com a Polícia Civil. Durante a ação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em várias cidades de São Paulo e no Paraná, resultando na prisão de 12 pessoas. Entre os detidos, estavam a presidente e o vice-presidente da ONG Pacto Social & Carcerário, além de três advogados associados à facção criminosa.
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De acordo com as investigações, o PCC utilizava a ONG como fachada estratégica para legitimar suas operações. O documento apreendido detalhava ordens para ataques violentos contra agentes públicos, ações destinadas a desestabilizar o sistema prisional e o uso de manifestações como forma de pressionar o governo.
Os manuscritos continham referências como "sintonia dos gravatas" e "apoio resumo da externa", expressões que indicavam a coordenação direta entre lideranças dentro e fora das prisões. Além disso, os bilhetes apresentavam instruções codificadas para a articulação das manifestações, reforçando o uso de táticas disfarçadas para alcançar os objetivos da facção.
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