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Ao sancionar lei, Lula critica mães que dão celular aos filhos

A medida, que entra em vigor neste ano letivo, proíbe o uso de aparelhos em escolas públicas e privadas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez críticas às mães que, segundo ele, usam o celular como forma de acalmar seus filhos, em vez de oferecer aconchego físico e emocional necessário. Durante a cerimônia de sansão da lei que proíbe o uso de celulares nas escolas de todo o Brasil, Lula chamou a prática de “desumana” e lamentou o afastamento das crianças do contato humano.

“Já vi caso de criança com dois anos começar a chorar e, ao invés de mãe pegar para que o aconchego do corpo pudesse fazer a criança parar de chorar, simplesmente dá o celular para a criança. É uma coisa fria, gelada, não tem nada a ver, não vai educar. Esse comportamento desumano está sendo utilizado pelos humanos”, disse o presidente durante um evento fechado no Palácio do Planalto.


Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência BrasilPresidente Lula
Presidente Lula

A sanção da lei ocorre em um momento em que a tecnologia se tornou mais presente no cotidiano das crianças e adolescentes. A medida, que entra em vigor já neste ano letivo, proíbe o uso de celulares, tablets, smartwatches e outros dispositivos móveis em todas as escolas do país, tanto públicas, quanto privadas, em todos os níveis da educação básica, desde a educação infantil até o ensino médio.

A proposta foi aprovada de forma simbólica no Senado em dezembro, após o Ministério da Educação (MEC) demonstrar apoio ao projeto, que, para muitos, pode representar um alívio para os desafios enfrentados pelas escolas em relação ao uso excessivo de tecnologias no ambiente educacional. Durante a sanção, Lula também agradeceu aos congressistas pela aprovação da medida, afirmando que não acreditava que a lei passaria, mas que sua implementação era um "grande gesto de dignidade com o futuro deste país".

O presidente destacou que o objetivo da nova legislação não é interferir na vida pessoal dos alunos fora da escola, mas sim ensinar o uso responsável da tecnologia. "A gente precisa voltar a permitir que o humanismo não seja trocado por algoritmos", afirmou.

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