Pedro Oliveira
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) elegeu a ministra Isabel Gallotti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), corregedora-geral da Justiça Eleitoral, durante sessão plenária, nessa terça-feira (24). Ela assumirá o cargo na quinta-feira (26), substituindo o ministro Raul Araújo, que deixou a função no início de setembro.
Durante seu discurso, ela eleita agradeceu aos colegas pela escolha. “É um cargo relevante e honroso, especialmente ao qual é atribuída uma missão delicada nesse momento da vida nacional, a de conduzir a Corregedoria em período eleitoral”, afirmou Isabel Gallotti.
Recente decisão de Gallotti repercutiu em Teresina
O TSE, através de decisão monocrática da ministra Isabel Gallotti, julgou procedente ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) impetrado pelo Progressistas e cassou toda a chapa do Partido Liberal (PL) referente ao pleito de 2020 em Teresina para a Câmara Municipal. Com isso, o vereador Leonardo Eulálio (PL) perdeu o mandato e o Progressistas será beneficiado com a vaga. O parlamentar permanece elegível, já que foi descartada a inelegibilidade.
A base da ação foi a denúncia de fraude no preenchimento da cota mínima de gênero, sendo fictícias as candidaturas de Kátia D’Angela Silva Morais, Sônia Raquel Alves da Silva e Jacira Gonçalves Rodrigues, uma vez que elas não realizaram campanha, nem propaganda a seu favor – apesar de as duas primeiras terem recebido recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) – tiveram votação zerada ou ínfima e as prestações de contas foram padronizadas.
Perfil da nova corregedora-geral da Justiça
Isabel Gallotti é formada em Direito pela Universidade de Brasília (UnB), onde também concluiu seu mestrado em Direito e Estado. Iniciou sua carreira como advogada, atuando nos tribunais superiores, além das Justiças Federal, do Trabalho e do Distrito Federal. Sua experiência inclui também passagens pelo Ministério Público Federal (MPF) e pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
Natural do Rio de Janeiro (RJ), Isabel é ministra do Superior Tribunal de Justiça desde 2010. Atualmente, faz parte da Segunda Seção, da Quarta Turma e da Corte Especial, além de compor a Comissão de Jurisprudência.
Desde setembro de 2022, exerceu a função de ministra substituta do TSE e, em 13 de setembro deste ano, foi eleita titular do TSE pelo Pleno do STJ.
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