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Juíza retira sigilo do processo contra o cantor Gusttavo Lima

Decisão foi proferida pela juíza Andréa Calado da Cruz, no âmbito da Operação Integration.

A juíza Andréa Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal da Capital, do Tribunal de Justiça do Pernambuco, determinou nesta terça-feira (24) a retirada do segredo de justiça do processo que envolve o cantor Gusttavo Lima no âmbito da Operação Integration, que também prendeu a influenciadora e advogada Deolane Bezerra, e investiga se o cantor deu auxílio na fuga de André Rocha e Aislla Rocha, casal proprietário da empresa de apostas 'Vai de Bet', de Campina Grande-PB.

Na decisão, a magistrada manteve o sigilo apenas para os elementos que se relacionam com a proteção da vida privada e da intimidade dos indivíduos. Isso significa que, embora o sigilo tenha sido retirado, ainda há informações que permanecem em segredo, especialmente aquelas relacionadas a menores de 18 anos e informações sensíveis que não estão diretamente ligadas aos fatos da investigação.


Foto: Reprodução/InstagramGusttavo Lima em férias
Gusttavo Lima em férias

Mandado de prisão

O GP1 teve acesso nessa segunda-feira (23) ao mandado de prisão expedido pela Justiça do Pernambuco contra o cantor Gusttavo Lima, alvo da Operação Integration. O mandado tem validade de 20 anos. Na decisão, a juíza Andrea Calado da Cruz afirma que, no momento, não há outra medida cautelar menos severa que possa garantir a ordem pública.

Além das prisões, a juíza também determinou a suspensão do passaporte e o certificado de registro de arma de fogo do cantor, assim como qualquer porte de arma de fogo que ele possa ter. As medidas também valem para um empresário identificado como Boris Maciel Padilha.

Foto: GP1Mandado de prisão contra Gusttavo Lima
Mandado de prisão contra Gusttavo Lima

A juíza acatou o pedido da Polícia Civil de Pernambuco e rejeitou os argumentos do Ministério Público, que havia solicitado a substituição das prisões preventivas por outras medidas cautelares. Segundo a magistrada, Gusttavo Lima, ao dar proteção a foragidos, demonstrou falta de consideração pela Justiça e levantou suspeitas sobre sua participação em atividades criminosas, incluindo lavagem de dinheiro.

A investigação aponta que, em uma viagem recente à Grécia, a aeronave que transportou Gusttavo Lima e outros investigados pode ter deixado dois deles no exterior. A suspeita é de que José André e Aislla tenham desembarcado na Grécia ou nas Ilhas Canárias, reforçando a necessidade de uma investigação minuciosa sobre a conivência do cantor com os foragidos.

Além da prisão, a Justiça já havia determinado o bloqueio de R$ 20 milhões em bens da empresa Balada Eventos, da qual Gusttavo Lima é sócio. A operação investiga uma suposta organização criminosa envolvida em jogos ilegais e lavagem de dinheiro. A empresa de José André da Rocha Neto, dono da VaideBet, comprou um avião de Gusttavo Lima, o que levantou mais suspeitas.

Posicionamento

Em resposta às acusações, Gusttavo Lima afirmou nas redes sociais que a Balada Eventos foi incluída na operação apenas por transações comerciais com as empresas investigadas. A defesa do cantor e da Balada Eventos negou qualquer envolvimento em atividades criminosas e afirmou que todas as transações seguiram as normas legais.

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