O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC) decidiu reabrir uma investigação sobre denúncias de assédio moral envolvendo Cláudio Augusto Vieira, secretário da Criança e do Adolescente. A decisão surgiu após a demissão do ex-ministro Silvio Almeida, que ocorreu no início no início deste mês (6/9), em meio a alegações de assédio sexual contra ele.
A denúncia contra Vieira, inicialmente arquivada em janeiro de 2024, durante a gestão de Almeida, foi reativa após novas informações serem reveladas pelo portal Brasil de Fato. A acusação inclui 14 condutas irregulares atribuídas a Vieira, a maioria das quais atingiria mulheres de subordinadas a ele na secretaria.
De acordo com os relatos apresentados, Cláudio Vieira teria adotado práticas de assédio moral, como ameaças de demissão, restrições à manifestação dos funcionários em reuniões, e tratamento agressivo. As vítimas também alegam que Vieira fez piadas sobre gravidez e se apropriou de ideias alheias sem reconhecimento.
O comportamento denunciado inclui também o favorecimento de certos funcionários, segregação, constrangimento e controle excessivo sobre os subordinados. Essas ações, descritas na denúncia, são apresentadas como muito mais do que meras "brincadeiras" ou um estilo de gestão, constituindo, segundo a denúncia, práticas claras de assédio moral.
O Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, sob a liderança da ministra Macaé Evaristo, enfatizou que a apuração será conduzida com rigor, garantindo o direito de defesa e o sigilo das vítimas. A ministra defende que todas as denúncias sejam investigadas de forma justa e transparente.
Cláudio Augusto Vieira assumiu o cargo de secretário em maio de 2023, substituindo Ariel de Castro. Sua nomeação coincidiu com alegações de que ele foi afastado de seu cargo anterior devido a desentendimentos com o ex-ministro Almeida, relacionados a questões políticas e pessoais.
Com colaboração da repórter Izabella Furtado
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