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Presa em operação na Cracolândia é suplente de vereadora pelo PT

Ela é acusada de ser a responsável por um hotel usado como ponto de venda e consumo de drogas.

Janaina da Conceição Cerqueira Xavier, presa durante operação do Ministério Público de São Paulo (MPSP) contra o tráfico de drogas na Cracolândia, é suplente de vereadora pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Ela foi capturada nesta terça-feira (06) na capital paulista, acusada de ser a responsável por um hotel usado como ponto de venda e consumo de drogas.

A petista, de 44 anos, é acusada de ter ligação com o tráfico de entorpecentes na região. O imóvel, utilizado para essa prática, fica situado na Alameda Barão de Piracicaba. Além de Janaina, a operação do MPSP também culminou com a prisão de outras seis pessoas, incluindo integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).


Foto: ReproduçãoJanaina da Conceição Cerqueira Xavier
Janaina da Conceição Cerqueira Xavier

Conforme a investigação, a suplente de vereadora atuava com Mardel Vidal da Silva, o “Barra Funda”, na administração do hotel usado pelos traficantes. Em troca de mensagens pelo Whatsapp, ela chega a descrever o cotidiano na Favela do Moinho, que fica próximo a Cracolândia.

“Consoante elementos extraídos nas interceptações e confirmados pelo depoimento das testemunhas protegidas, os hotéis foram comprados e pertencem à família Moja, família que teria como líder o membro do PCC Leonardo Monteiro Moja, conhecido como ‘Leo do Moinho’, chefe do tráfico de drogas ocorrido no interior dos hotéis e ‘dono’ da Favela do Moinho”, disse o Ministério Público.

Envolvimento na política

Janaina Cerqueira foi candidata a vereadora pelo PT nas eleições de 2020. A campanha dela gastou R$ 27,5 mil. Naquela época ela apresentou um atestado de antecedentes criminais com nenhum registro de condenação criminal. Entretanto, segundo o MPSP, ela já possui passagens criminais por furto, estelionato e lesão corporal.

O que diz o PT

Em nota, o Diretório Municipal do PT afirmou que a suplente de vereadora “nunca teve atividade” na sigla. “Ela se filiou no dia 25 de abril de 2019 para concorrer no ano seguinte a vereadora, como representante da população em situação de rua, recebeu 238 votos e nunca mais participou de atividades partidárias”, diz o texto.

“Na época da filiação não havia qualquer processo contra ela. O PT defende as investigações e que os culpados sejam punidos conforme a lei”, finalizou a legenda por meio de nota.

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