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"Para Lula, Maduro e o Hamas são inocentes", diz Ciro Nogueira

A declaração foi feita nesta quarta-feira (31), através das redes sociais do senador piauiense.

O senador piauiense, Ciro Nogueira (PP), usou as redes sociais nesta quarta-feira (31) para criticar o posicionamento do Governo Lula (PT) diante das eleições na Venezuela e do grupo terrorista Hamas. Isso porque o Itamaraty condenou o assassinato do líder da organização terrorista. Para o presidente nacional do Progressistas, isso mostra que para o governo brasileiro, “Maduro e o Hamas são inocentes”.

“Lula, seu governo demora poucas horas para condenar o assassinato do líder do grupo terrorista Hamas. Não foi assim na tentativa de matar [o ex-presidente dos EUA Donald] Trump, nem no golpe da ditadura de [Nicolás] Maduro. Ou seja, para Lula, Maduro e o Hamas são inocentes. Mas, para o Brasil e o mundo, não”, escreveu Ciro Nogueira nas redes sociais.


Foto: Divulgação/AscomSenador Ciro Nogueira
Senador Ciro Nogueira

Posicionamento sobre eleições na Venezuela

Dois dias após o pleito presidencial venezuelano, realizado nesse domingo (28), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou como “normal” e “tranquilo” o processo eleitoral, que declarou o ditador Nicolás Maduro como reeleito. A oposição no país diz o contrário, e alega que o Edmundo González, principal opositor do candidato chavista na eleição, ganhou com 70% dos votos.

Membros e autoridades da comunidade internacional também contestaram o resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, especialmente pela falta de transparência. Diante dessa contestação, Maduro expulsou diplomatas da Argentina, Chile, Costa Rica, Panamá, Peru, República Dominicana e Uruguai do país.

Em entrevista à TV Centro América, Lula chegou a mencionar que a solução para cessar os questionamentos sobre o pleito está na apresentação das atas eleitorais. “Na hora que tiver apresentado as atas, e for consagrado que a ata é verdadeira, todos nós temos a obrigação de reconhecer o resultado eleitoral da Venezuela”, afirmou o presidente.

No caso das eleições venezuelanas, não foram divulgadas as atas, e o CNE alegou uma “falha no sistema”. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Maduro disso que apresentaria os boletins dos votos de cada urna em alguns dias.

Partido de Lula reconheceu vitória de ditador

O Partido dos Trabalhadores (PT), ao qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é filiado, reconheceu a reeleição de Maduro, e chamou o processo eleitoral de “jornada pacífica, democrática e soberana”.

Para Lula, o texto reconhece e elogia a população pelo pleito pacífico. “Não tem nada de grave, não tem nada de assustador. Vejo a imprensa brasileira tratando como se fosse a Terceira Guerra Mundial. Não tem nada a de anormal. Teve uma eleição, teve uma pessoa que disse que teve 51%, teve uma pessoa que disse que teve 40 e pouco por cento. Um concorda, o outro não. Entra na Justiça e Justiça faz”, declarou o chefe do Executivo brasileiro.

No dia 13 de julho, quando o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump sofreu um atentado, o Itamaraty e Lula repudiaram o ataque.

Governo Lula condenou “veementemente” assassinato de líder do Hamas

Nesta quarta-feira (31), o principal líder do Hamas, Ismail Haniyeh, foi assassinado durante visita ao Irã, onde participou da cerimônia de posse do novo presidente iraniano, Masud Pezeshkian. Pouco tempo depois, o Itamaraty divulgou uma nota em que condena “veementemente” a morte do representante do grupo terrorista.

Segundo a nota divulgada pelo órgão, o crime representa um desrespeito à soberania do Irã e viola os princípios da Carta das Nações Unidas. “Atos de violência, sob qualquer motivação, não contribuem para a busca por estabilidade e paz duradouras no Oriente Médio”, diz trecho da nota.

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