O Governo Lula, por meio do Ministério das Relações Exteriores (MRE), condenou "veementemente" o assassinato do líder do grupo terrorista palestino Hamas, Ismail Haniyeh, em um ataque que teria sido realizado por Israel em Teerã, nesta quarta-feira (31). Em nota oficial, o Itamaraty expressou repúdio ao que classificou como “flagrante desrespeito à soberania e à integridade territorial do Irã, em clara violação aos princípios da Carta das Nações Unidas”.
A declaração do Itamaraty sublinhou que atos de violência, independentemente de suas motivações, não contribuem para a estabilidade e a paz duradouras no Oriente Médio. Segundo o MRE, tais ações dificultam as chances de uma solução política para o conflito em Gaza, prejudicando as negociações para um cessar-fogo e a libertação de reféns.
No comunicado, o Itamaraty não mencionou o ataque terrorista do Hamas ocorrido em outubro de 2023, que resultou na morte de 1.200 civis desarmados em Israel. O governo brasileiro fez um apelo à comunidade internacional para que os envolvidos no conflito se empenhem em promover o diálogo e conter o agravamento das hostilidades.
Na mesma quarta (31), o Itamaraty também condenou o ataque aéreo de Israel que resultou na morte do comandante-chefe da ala militar do grupo xiita Hezbollah, Fuad Shukr. Este bombardeio israelense, ocorrido na terça (30), foi uma resposta ao ataque do Hezbollah que matou 12 crianças em um campo de futebol em Beirute, no sábado (27).
Para o MRE, a continuidade do ciclo de ataques e retaliações leva a uma espiral de violência e agressões, causando danos cada vez maiores, especialmente às populações civis dos dois países. A nota ressaltou a necessidade de interromper essa sequência de violência para evitar mais sofrimento humano.
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