O laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a morte de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido, foi causada por um edema cerebral, que afetou o funcionamento do coração e da respiração. Djidja foi encontrada morta em sua casa, em Manaus, no dia 28 de maio. O documento revela que a morte ocorreu devido à "depressão dos centros cardiorrespiratórios centrais bulbares; congestão e edema cerebral de causa indeterminada".
O edema cerebral é uma condição caracterizada por inchaço no cérebro, que pode prejudicar funções vitais. No caso de Djidja, essa condição afetou a parte do cérebro responsável pelo controle do coração e da respiração, levando à parada de ambos. O laudo, no entanto, não especifica o que teria causado o edema cerebral.
A principal hipótese da polícia é que a morte de Djidja esteja relacionada a uma overdose de cetamina, uma substância anestésica que causa efeitos alucinógenos e sensação de bem-estar, sendo usada de forma recreativa por seu potencial sedativo. A polícia investiga se a substância foi administrada durante rituais de um grupo religioso do qual Djidja participava.
Entenda o caso
Djidja Cardoso, de 32 anos, foi sinhazinha da fazenda do boi Garantido no Festival Folclórico de Parintins entre 2016 e 2020, encantando os torcedores. Ela foi encontrada morta sobre a cama em sua residência, onde morava com a mãe, Cleudimar Cardoso, e o irmão, Ademar Cardoso. Ambos, junto com três funcionários da família, estão presos suspeitos de integrarem o grupo religioso que promovia o uso de cetamina em rituais.
O resultado final da necrópsia e o exame toxicológico, que poderão confirmar a hipótese da overdose de cetamina, devem ser concluídos ainda este mês. Enquanto isso, as investigações continuam para esclarecer as circunstâncias exatas da morte de Djidja Cardoso.
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