O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu informações sobre a denúncia de que o ex-policial militar e réu confesso pelo assassinato da vereadora Marielle Franco, Ronnie Lessa, estaria sendo ameaçado de morte pela facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Na sexta-feira (21), o magistrado pediu que o Governo de São Paulo, Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestassem sobre o caso.
É relatado que, em supostas trocas de mensagens por bilhetes, membros do PCC falavam em uma possível execução de Lessa, sob ordem do comando da facção. O Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional de São Paulo (Sifuspesp) recebeu um e-mail em que constava a denúncia sobre essa ameaça de morte. Nele, lê-se que “os presos da P1 já receberam um salve para matar o Lessa”.
Ronnie Lessa chegou na Penitenciária 1 de Temembré na quinta-feira (20). Após tomar conhecimento das ameaças contra o ex-policial militar, o Sifuspesp pediu que Lessa fosse transferido de presídio. Conforme a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), ele está isolado em uma cela de 9m², em regime de observação por 20 dias.
Tensão
A Sifuspesp informou que o ambiente na Penitenciária 1 de Tremembé é “tenso”, e alertou sobre a probabilidade de “escalada de violência e uma possível rebelião”. Por conta disso, o sindicato enviou ofício de transferência ao STF, Tribunal de Justiça de São Paulo, Secretaria de Administração Penitenciária, e ao Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).
Nesse mesmo ofício, o órgão sindical alerta que a situação fica mais delicada por conta da falta de policiais penais, além da estrutura frágil do local em que Lessa foi acomodado.
Transferência
Alexandre de Moraes autorizou a mudança de Ronnie Lessa para Tremembé em 07 de junho, após um acordo de delação premiada em que o ex-policial militar colaborou com a Polícia Federal nas investigações sobre o assassinato de Marielle Franco.
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