A deputada estadual Lúcia Helena Pinto de Barros, a Lucinha (PSD), do Rio de Janeiro, foi denunciada pelo Ministério Público do Estado nessa segunda-feira (17), sob acusação de integrar a milícia chefiada por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho. A ex-assessora da parlamentar, Ariane Afonso Lima, também foi alvo da denúncia.
A ação penal foi protocolada pelo procurador-geral de Justiça do MP, Luciano Mattos. Segundo a denúncia, Lucinha e Ariane faziam parte do núcleo político da milícia de Zinho, que foi preso pela Polícia Federal em 24 de dezembro do ano passado.
Com base nas informações colhidas durante a Operação Disnatia I, verificou-se que o núcleo político, integrado por Lucinha, tinha como principal função a defesa dos interesses dos criminosos junto ao Poder Público.
“Em múltiplos episódios, constata-se a clara interferência das denunciadas na esfera política, junto a autoridades policiais e políticas, ora para favorecer os interesses da organização criminosa, ora para blindá-la das iniciativas estatais de combate ao grupo e ora para livrá-los de ações policiais, garantindo a impunidade dos seus integrantes”, diz trecho da denúncia.
Lucinha e Ariane vão responder por crime de constituição de milícia privada, cuja pena pode variar de 5 a 10 anos de prisão e multa, além da perda da função pública.
Alvo de operação
No dia 18 de dezembro do ano passado, a Polícia Federal apreendeu cerca de R$ 140 mil em espécie e duas pistolas na residência da deputada Lucinha. Ela chegou a ser afastada do cargo durante as investigações.
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