O diretor-executivo de operações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Thiago José dos Santos, entrou em licença remunerada nesta sexta-feira, 14, até a próxima sexta-feira, 21, conforme agenda do executivo publicada no site da empresa pública. Após esse período, ele terá uma nova licença, que irá de 8 a 9 de julho.
O afastamento de Santos ocorre em meio à crise com a anulação do contestado leilão para compra pública de arroz importado realizado pela empresa pública. O leilão é de responsabilidade da diretoria de Santos.
A permanência de Santos à frente da diretoria está sendo discutida entre o Ministério da Agricultura (Mapa), o Ministério do Desenvolvimento Agrário e o Palácio do Planalto. O debate sobre o futuro dele na Conab surge devido a inconsistências no edital do leilão de arroz e à ligação de Santos com um dos intermediários do certame.
Santos está associado a um dos empresários que intermediaram o maior volume de lotes arrematados no leilão: Robson Luiz de Almeida França, presidente da Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso e sócio-proprietário da Foco Corretora. A proximidade de Santos com França chamou a atenção dos órgãos de controle do Poder Executivo.
Além de terem atuado conjuntamente como assessores parlamentares do ex-deputado federal Neri Geller, Santos e França são próximos. A Controladoria-Geral da União está investigando suspeitas de conflito de interesse, tráfico de influência e favorecimento no leilão1. Essa situação é delicada e requer análise cuidadosa para garantir a transparência e a integridade no processo de compra pública.
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