Neri Geller, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, renunciou ao cargo nesta terça-feira (11) após a polêmica envolvendo o leilão de arroz do Governo Federal, que acabou sendo cancelado. Geller foi o responsável por indicar Thiago dos Santos, diretor da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que conduziu o leilão.
Marcello Geller, filho de Neri Geller, é sócio de Robson Almeida de França, proprietário da Foco Corretora de Grãos, uma das principais corretoras do leilão. A sociedade foi estabelecida quando Neri Geller ainda não ocupava o cargo de secretário.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, confirmou a renúncia de Geller. Segundo Fávaro, Geller argumentou que a empresa de seu filho não está operando, não participou do leilão e não realizou nenhuma operação. Apesar de não haver fatos que gerem suspeitas, a situação causou desconforto, levando Geller a pedir demissão.
Geller tem um histórico político considerável, já foi ministro da Agricultura no governo de Dilma Rousseff e ex-deputado federal. Durante a campanha eleitoral de 2022, Geller foi um dos principais nomes que ajudaram a aproximar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do setor do agronegócio. Por essa razão, ele chegou a ser cotado para o ministério.
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