Os temporais que assolam o Rio Grande do Sul desde o final de abril já causaram prejuízos financeiros superiores a R$ 9,5 bilhões, afetando mais de 460 municípios. Deste total, R$ 2,4 bilhões são no setor público, R$ 2,5 bilhões no setor privado e a maior parte, R$ 4,6 bilhões, refere-se ao setor habitacional, com impactos registrados em 106,5 mil habitações. A tragédia já soma 151 mortes confirmadas e 469 pessoas ainda estão desaparecidas.
A situação é monitorada diariamente pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), que destaca a diminuição do número de desaparecidos em municípios como Eldorado do Sul e Canoas. No entanto, a entidade alerta que os dados ainda são alarmantes e parciais, pois as gestões locais enfrentam dificuldades para inserir as informações nos sistemas.
Desde o dia 24 de abril, as tempestades têm causado estragos significativos. Dos municípios afetados, 320 estão em situação de emergência e 46 em estado de calamidade pública, reconhecidos pelo governo do estado do Rio Grande do Sul e pelo governo federal. Apenas 92 municípios começaram a inserir os valores de prejuízos públicos e privados nos sistemas federais, portanto, o total de R$ 9,5 bilhões diz respeito aos prejuízos parciais desses municípios.
Os setores mais afetados pelos temporais são o habitacional, com mais de 106,5 mil casas danificadas ou destruídas, e o público, com danos materiais em instalações públicas e obras de infraestrutura. No setor privado, a agricultura foi a mais prejudicada, com R$ 1,8 bilhão em prejuízos. A CNM reitera que os dados são parciais e estão sendo atualizados à medida que mais municípios preenchem as informações no sistema federal.
Em termos de danos humanos, além das mortes e desaparecimentos, há 91,2 mil desabrigados, 646,4 mil desalojados, 8,8 mil feridos e enfermos, totalizando 3,3 milhões de pessoas afetadas. As informações são atualizadas diariamente pelos municípios, à medida que as verificações em campo se intensificam.
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