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Arthur Lira trava CPI do Abuso de Autoridade mesmo após revelações de censura

Parlamentares continuam cobrando o presidente da Câmara, especialmente após publicação do Twitter Files.

Parlamentares de direita reforçaram a cobrança ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar possíveis abusos de autoridade cometidos por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido dos deputados ganhou força após revelações do Twitter Files Brasil, mas muitos acreditam que Lira não irá pautar a CPI até o fim de seu mandato, em fevereiro de 2025.

Publicações do Twitter Files Brasil, feitas pelo jornalista Michael Shellenberger em parceria com a Gazeta do Povo, revelaram documentos internos do X, antigo Twitter, que mostram tentativas de censura cometidas por órgãos e pessoas do poder público, como parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ministério Público e alguns parlamentares.


Além disso, o Comitê Judiciário da Câmara dos Estados Unidos elaborou relatório onde é apontado que mais de 150 perfis foram suspensos das redes sociais por ordem do TSE e do STF. Entre algumas contas banidas estão: jornalistas, parlamentares, autoridades e formadores de opinião que fazem oposição ao Judiciário.

Nesse sentido, os parlamentares afirmaram, durante coletiva de imprensa realizada nessa quarta-feira (24), que a CPI é o meio para apurar essas decisões de membros da Suprema Corte, em especial do ministro Alexandre de Moraes. O reforço no pedido de instauração da Comissão aconteceu no mesmo dia em que a Advocacia-Geral da União indicou que pode pedir a suspensão ou dissolução da empresa X no Brasil, caso seja comprovado que a mesma prejudicou investigações que tramitam no STF e no TSE.

A CPI do Abuso de Autoridade já recebeu o apoio de mais de 171 deputados. “Nós temos que focar os nossos esforços em um passo crucial. Que seja aberta a CPI do abuso de autoridade imediatamente. Esses absurdos precisam vir à luz do dia, precisamos que os sigilos sejam levantados”, afirmou o deputado Gustavo Gayer (PL-GO).

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