A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ministro Cristiano Zanin seja declarado suspeito para julgar o recurso contra a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o tornou inelegível por oito anos. O requerimento foi apresentado nessa quinta-feira (18).
O processo foi distribuído a Zanin por meio de sorteio, realizado em dezembro do ano passado.
Os advogados alegam que Zanin, quando exercia a advocacia, teria se manifestado sobre a reunião de Bolsonaro com embaixadores, em julho de 2022, episódio que levou a condenação do ex-presidente.
“Naquela ocasião, o d. Relator, enquanto advogado, formalizou sua convicção profissional quanto à ilegalidade da conduta entabulada por Jair Messias Bolsonaro”, argumentou a defesa no pedido.
Além disso, os advogados de Bolsonaro destacaram que “muito se noticiou na mídia acerca da relação de amizade do d. Relator com o atual Presidente da República, íntima e longeva, revelada pelo próprio Presidente Lula”.
Caso Zanin seja declarado suspeito, o recurso será analisado por quatro ministros da Primeira Turma do STF: Flávio Dino, que já manteve a condenação, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes. Um quinto membro da Corte deverá ser convocado em caso de empate.
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