A Justiça de São Paulo marcou para o dia 2 de agosto o julgamento dos sete réus acusados de sequestrar o ex-jogador Marcelinho Carioca e sua amiga Taís Alcântara em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo, em dezembro de 2023. A audiência deverá ser realizada por videoconferência e os sete réus no caso vão responder por crimes de ameaça, estelionato, associação criminosa e extorsão mediante sequestro.
Entre os denunciados, quatro estão provisoriamente na cadeia e uma é mantida em prisão domiciliar. Dois acusados, no entanto, permanecem foragidos: Camily Novais da Silva, que supostamente atuou no cativeiro e Matheus Eduardo Candido, apontado como um dos criminosos que rendeu o ex-jogador e a amiga.
O juiz Sérgio Cedano, da 2ª Vara Criminal do Foro de Itaquaquecetuba, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), prevê para o dia do julgamento a realização de audiência de instrução, interrogatório, debates e julgamento. Os trabalhos estão marcados para começar às 13h30.
Na denúncia oferecida, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) afirma que Marcelinho Carioca e Taís foram rendidos por Matheus e outros dois comparsas – Caio Pereira da Silva, de 23 anos, e Jones Santos Ferreira, 37. Com ameaças e uso de arma de fogo, o trio teria roubado a Mercedes Benz CLA250, que pertence ao ex-jogador, usada para circular em um baile funk e depois levar as vítimas para o cativeiro.
Jones Santos Ferreira também seria responsável pela organização financeira do sequestro, de acordo com a acusação. Para isso, ele teria recrutado Wadson Fernandes (29 anos) e Eliane Lopes de Amorim (30), que forneceram as contas bancárias para receber o dinheiro do resgate. Os bandidos conseguiram pelo menos R$ 30 mil. Já Camily e Thauanata Lopes dos Santos (18 anos) teriam atuado no cativeiro e também se passado por Marcelinho Carioca para pedir dinheiro a familiares e amigos dele.
No dia do sequestro
O ex-jogador Marcelinho Carioca foi ao show de Thiaguinho, na NeoQuímica Arena, na zona leste da capital paulista, no dia 16 de dezembro de 2023. Ao deixar o local, ele passou na casa da amiga Taís, que é fã do cantor de pagode, para presenteá-la com ingressos para o show do dia seguinte.
Conforme o boletim de ocorrência, Marcelinho decidiu estacionar a uma quadra da casa da amiga, na Rua Salesópolis, em Itaquaquecetuba, para não chamar a atenção. Ao perceber a aproximação de três criminosos, os dois tentaram se esconder, abaixados na Mercedes Benz CLA250, mas acabaram descobertos.
Marcelinho Carioca contou que levou uma coronhada no olho esquerdo e os criminosos ainda teriam usado o carro de luxo para dar voltas em um baile funk, antes de levar os reféns até a Rua Ferraz de Vasconcelos, também em Itaquaquecetuba, o local do cativeiro. O veículo do ex-jogador foi abandonado na Rua Jacareí, onde policiais militares o encontraram horas depois. Dentro dele, havia uma arma de airsoft.
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