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Advogado de PM que jogou homem de ponte em São Paulo se manifesta

Advogado argumentou que, por ser praça, o policial pertence a uma classe vista como inferior.

O advogado Raul Marcolino, que representa o policial militar Luan Felipe Alves Pereira, criticou a Polícia Militar do Estado de São Paulo nesta quinta-feira (5), afirmando que a corporação abandonou seu cliente. O soldado está preso após jogar Marcelo do Amaral de uma ponte no bairro Vila Clara, na zona sul da capital paulista. Segundo Marcolino, a prisão foi mantida devido ao clamor público gerado pelo caso, que ganhou grande repercussão após a divulgação de imagens do ato nas redes sociais.

Marcolino defendeu que a prisão de Pereira é desnecessária, considerando que o soldado já estava cumprindo expediente na Corregedoria e colaborando com as investigações. O advogado argumentou que, por ser praça, o policial pertence a uma classe muitas vezes vista como inferior, reforçando a necessidade de uma defesa técnica e digna. Além dele, Wanderley Alves, representante da Associação dos Praças da Polícia Militar do Estado de São Paulo, também integra a defesa do PM e anunciou que irá apresentar um pedido de habeas corpus.


Foto: Reprodução/WhatsAppMomento em que PM conduz a vítima e depois o joga da ponte em São Paulo
Momento em que PM conduz a vítima e depois o joga da ponte em São Paulo

O caso ganhou grande notoriedade depois que vídeos registrando a ação começaram a circular nas redes sociais no início da semana. As imagens mostram o momento em que o policial militar empurra Marcelo do Amaral da ponte. A vítima sobreviveu à queda, mas o incidente gerou indignação pública por conta da conduta do soldado. A manutenção da prisão preventiva foi considerada pela defesa como uma antecipação de pena.

A ausência de amparo jurídico para policiais militares no estado também foi criticada pela defesa. Segundo Marcolino, o PM não conta com um departamento jurídico que o apoie em situações como esta, mesmo diante da gravidade do caso. O advogado afirmou que a corporação deveria oferecer mais suporte aos seus agentes e classificou a atual situação do soldado como abandono por parte da instituição.

A defesa sustenta que, independentemente do que tenha ocorrido, o policial merece um julgamento justo e imparcial. Wanderley Alves reforçou que a Associação dos Praças não deixará Pereira sem apoio jurídico.

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