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Ramagem não era diretor da Abin quando ex-assessora de Carlos Bolsonaro pediu ajuda

A conversa foi utilizada para motivar busca e apreensão na casa e no gabinete de Carlos Bolsonaro.

O deputado federal Alexandre Ramagem (PSL-RJ) não era mais o diretor da Abin na data do print da conversa entre ele e uma ex-assessora de Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Nas mensagens, usadas pela Polícia Federal (PF) para apontar o uso de uma estrutura paralela na agência, a ex-assessora pede uma “ajuda” em relação a algumas informações.

As imagens mostram que a ex-assessora pediu a ajuda em uma terça-feira, dia 11 de outubro de 2022, e Ramagem foi exonerado do cargo que ocupava na Abin, em 31 de março daquele mesmo ano. As trocas de mensagens motivaram os mandados de busca e apreensão cumpridos na casa e no gabinete de Carlos Bolsonaro, nessa segunda-feira (29).


Foto: Reprodução/WhatsappConversa entre a ex-assessora de Carlos Bolsonaro e Alexandre Ramagem
Conversa entre a ex-assessora de Carlos Bolsonaro e Alexandre Ramagem

No parecer em que concorda com a maioria das medidas requeridas pela PF, a exemplo dos mandados de busca e apreensão, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se refere a Ramagem como "então diretor-geral da Abin".

Com base no relatório policial e na manifestação da PGR, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, autorizou o mandado de busca e apreensão contra Carlos Bolsonaro. Na decisão, consta que a troca de mensagens mostrava pedido de ajuda ao "então diretor-geral da Abin" sobre o andamento de inquéritos "em unidades sensíveis da Polícia Federal".

Um outro ponto questionado da investigação é a afirmação, por parte da Polícia Federal e de Moraes, de que a “ajuda” pedida pela ex-assessora de Carlos Bolsonaro seria para obtenção de informações sobre inquéritos envolvendo Jair Bolsonaro e três de seus quatro filhos.

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