Thais Guimarães
O ano de 2024, que iniciou nessa segunda-feira (1º), terá uma peculiaridade: será bissexto, com 366 dias, um a mais que o calendário regular. Esse “dia adicional” é marcado no mês de fevereiro, que, este ano, terá 29 dias, e não 28.
O ano bissexto ocorre a cada quatro anos, para ajustar o ano civil ao tempo que a Terra leva para dar uma volta completa em torno do Sol: 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos.
Ao arredondar o tempo do movimento de translação para 365 dias e 6 horas, em quatro anos se chega à diferença de 24 horas, ou seja, um dia.
“Se não fizermos esse ajuste a cada quatro anos, as estações vão mudando de mês. Em 120 anos já teríamos uma diferença de um mês. Assim nós teríamos, por exemplo, o verão começando em novembro. A nossa vida civil é mais baseada nas estações do ano do que possa parecer à primeira vista, e isso geraria grandes problemas”, explica a astrônoma Josina Nascimento, do Observatório Nacional, instituto de pesquisa vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Mudanças no calendário
O ano bissexto ocasiona uma espécie de “salto” no calendário, assim, as datas que ocorreram em uma segunda-feira ao longo de 2023, e que se deslocariam para a terça-feira neste ano, serão marcadas na quarta-feira. A mudança não afeta o mês de janeiro, uma vez que o calendário tradicional sofre alterações somente a partir de fevereiro, com o dia adicional.
No mês de novembro, por exemplo, em 2023 o feriado de finados (dia 2), caiu em uma quinta-feira. Se 2024 seguisse o calendário normal, o feriado cairia em uma sexta, ocasionando um feriado prolongado, entretanto, como é pulado um dia no ano bissexto, o dia 2 de novembro este ano será em um sábado.
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