O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, manifestou-se neste sábado (16), após a morte de Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, baleada na cabeça por um agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Em uma publicação no X, antigo Twitter, o magistrado afirmou que “um órgão policial que protagoniza episódios bárbaros...merece ter a sua existência repensada”.
Ontem, Genivaldo foi asfixiado numa viatura transformada em câmara de gás. Agora, a tragédia do dia recai na menina Heloisa Silva. Para além da responsabilização penal dos agentes envolvidos, há bem mais a ser feito. Um órgão policial que protagoniza episódios bárbaros como esses… pic.twitter.com/wlv5tg6sri
— Gilmar Mendes (@gilmarmendes) September 16, 2023
Heloísa estava indo para casa com a família, quando foi baleada na cabeça e no ombro no dia 7 de setembro, durante ação da PRF no Arco Metropolitano, em Seropédica, região metropolitana do Rio de Janeiro. Ela ficou internada desde então, no Hospital Adão Pereira Nunes, onde passou nove dias na UTI, mas na manhã desse sábado (16) não resistiu.
Na publicação, o ministro relembra o caso de Genivaldo Santos, um homem de Sergipe morto também pela PRF, no dia 25 de maio de 2022. Na ocasião, o homem foi trancado pelos agentes federais no porta-malas de uma viatura, onde foi forçado a inalar gás lacrimogêneo até morrer, em uma espécie de câmara de gás, parecido com o que ocorria em concentrações nazistas.
MPF pede prisão de agentes da PRF envolvidos na ação que matou Heloísa
O Ministério Público Federal (MPF) pediu a prisão preventiva dos três agentes da PRF envolvidos na ação que resultou na morte de Heloísa dos Santos Silva. O procurador Eduardo Benones representou pela prisão dos agentes Fabiano Menacho Ferreira, que admitiu ter feito os disparos, Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva. O pedido foi feito na noite da sexta-feira (15), antes de Heloísa morrer.
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