O mês de maio ainda não terminou, mas os dados envolvendo alertas de desmatamento no Cerrado, registrados até o dia 18 pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), mostraram um recorde de áreas devastadas. Até o momento, foram desmatados 627 quilômetros quadrados, maior volume desde 2019, quando começou a série histórica do levantamento feito pelo Deter, sistema de monitoramento do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O balanço divulgado pelo instituto nesta sexta-feira (26) também mostra que em 2023 os alertas de desmatamento do Cerrado já acumulam 2.833 km², número que supera os índices do acumulado nos cinco primeiros meses de 2022 e 2019, quando o desmatamento atingiu 2.612 km² e 2.630 km².
Ainda de acordo com informações do Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter), Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins concentram a maior parte dos avisos.
O Deter é um sistema de alerta rápido para dar suporte à fiscalização e agilizar o combate a crimes ambientais.
Veja os dados do desmatamento no cerrado entre janeiro e maio:
2023: 2.833 km² (até 18 de maio)
2022: 2.612 km²
2021: 2.033 km²
2020: 1.964 km²
2019: 2.630 km²
Entre 1° de janeiro e 18 de maio:
2023: 627 km²
2022: 299 km²
2021: 509 km²
2020: 281 km²
2019: 476 km²
Com a temporada da seca se aproximando, a expectativa é de que a devastação cresça ainda mais entre maio e setembro.
Desmatamento na Floresta Amazônica
Na Floresta Amazônica, o desmatamento entre 1º de janeiro e 19 de maio atingiu 1.673 km², inferior ao volume dos três anos anteriores, segundo os dados do Deter/Inpe.
Veja os dados do desmatamento na Amazônia entre 1° e 19 de maio:
2023: 500 km²
2022: 392 km²
2021: 629 km²
2020: 469 km²
Entre janeiro e maio:
2023: 1.673 km² (até 19 de maio)
2022: 2.867 km²
2021: 2.543 km²
2020: 2.038 km²
2019: 1.512 km²
2018: 1.725 km²
2017: 724 km²
Diante dos dados recordes de desmatamento registrados no governo Lula, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que pretende abrir concurso público para aumentar a fiscalização. Anteriormente, Marina atribuiu ao “revanchismo” o recorde de desmatamento na Amazônia e culpou o governo de Jair Bolsonaro pelo aumento da devastação agora, no governo Lula.
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