A defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres negou a possibilidade de uma delação premiada com a Justiça. O advogado Eumar Novacki deu a declaração durante uma coletiva de imprensa, na manhã desta sexta-feira (12), que foi convocada pela própria defesa. No entanto, o advogado afirmou que Torres irá colaborar com todas as investigações sobre os atos do dia 8 de janeiro.
“Não existe a possibilidade de delação. O que o Anderson vai fazer é cooperar para que se esclareça, o mais breve possível, os fatos que levaram aos odiosos atos de 8 de janeiro”, afirmou Eumar Novacki.
Novacki ainda chegou a elogiar a atuação do Ministro Alexandre de Moraes e da Corte. Segundo ele, o STF adotou medidas corretas para conter a “escalada da violência” e, no momento certo, se sensibilizou com os argumentos da defesa.
“O ministro teve essa sensibilidade. Acertadamente, permitiu que ele (Anderson Torres) fosse para casa. Na sua casa, ele terá condições de recuperar o seu equilíbrio psíquico e ajudar a defesa, mantendo esse espírito cooperativo” acrescentou a defesa.
Anderson Torres foi solto na noite da quinta-feira (11) e chegou em casa por volta das 22 horas do mesmo dia. A sua liberdade provisória foi determinada pelo Ministro do STF, Alexandre de Moraes.
No entanto, algumas medidas cautelares devem ser obedecidas pelo ex-ministro. Entre elas, está a suspensão do porte de arma de fogo, inclusive de equipamento funcional. Além disso, Anderson Torres está proibido de utilizar suas redes sociais e de se comunicar com os demais envolvidos na sua prisão.
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