O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (12) que a Polícia Federal instaure um inquérito para investigar diretores e outras autoridades do Google e do Telegram, envolvidos em campanhas críticas ao Projeto de Lei das Fake News, também conhecido como PL da Censura.
A decisão foi tomada em resposta a um pedido da Procuradoria-Geral da República, que foi acionada por notícia crime apresentada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP). O inquérito não será mantido sob sigilo, conforme determinação do ministro.
Na terça-feira (9), o Telegram enviou uma mensagem aos usuários da plataforma afirmando que o Brasil estava "prestes a acabar com a liberdade de expressão". O aplicativo russo foi obrigado a apagar o manifesto e se retratar por decisão do próprio Moraes na quarta-feira (10).
Enquanto isso, o Google divulgou mensagens em sua página principal acusando o projeto de "piorar a Internet" e "aumentar a confusão sobre o que é verdade". A empresa também publicou um editorial criticando o PL.
A Meta, empresa responsável pelo Facebook, também se manifestou contrária ao projeto, mas não é alvo da ação movida por Lira.
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