A Polícia Federal e o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgataram nesse sábado (1) quatro trabalhadores argentinos em situação análoga à escravidão. Dentre eles havia um adolescente de 14 anos, que trabalhava no local junto com o pai.
O grupo atuava no corte de eucaliptos para a produção de lenha na cidade de Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul. No alojamento em que viviam, constatou-se que eles estavam alojados apenas em barracas, sem acesso à água potável, banheiro e cozinha.
De acordo com o gerente do MTE, Vanius Corte, o trabalho de resgate começou após os empregadores abandonarem os trabalhadores. A partir daí, dois homens foram até o Batalhão da Polícia Militar em Bom Princípio, município próximo de onde foram resgatados.
Eles relataram aos oficiais que seriam pagos após o término do serviço e que recebiam apenas recursos para a alimentação. “Foi uma situação bem ruim, porque na verdade eles não tinham alojamento. Estavam acampados em barracas de lona, sem acesso a água potável, banheiro ou cozinha. Ficou completamente caracterizada essa condição degradante do trabalho pelo próprio local onde eles viviam enquanto trabalhavam”, afirmou Vanius Corte.
Também foi constatado que os argentinos estão em situação irregular no Brasil e devem retornar à Argentina após receberem pagamento pelo trabalho prestado. O responsável pelo grupo foi preso e encaminhado para a sede da Polícia Federal em Caxias do Sul.
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