O Ministério Público Federal (MPF) abriu um inquérito civil para investigar possíveis falhas de segurança no Aeroporto Internacional de Guarulhos, localizado na Grande São Paulo. A medida foi tomada após duas brasileiras terem sido presas em Frankfurt, na Alemanha, com malas de drogas que foram trocadas pelas bagagens delas. As duas mulheres só foram libertadas 37 dias depois. De acordo com o MPF, o incidente compromete a credibilidade dos serviços aéreos no Brasil.
A Procuradoria solicitou informações da Polícia Federal, da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), da GRU AirPort, que administra o aeroporto, da Orbital, que empregou funcionários flagrados trocando etiquetas, e de duas companhias aéreas, a Gol e a Latam. No entanto, até o momento, essas entidades ainda não se pronunciaram sobre o inquérito civil do MPF.
De acordo com o Ministério Público, esses casos geram uma sensação de insegurança na sociedade, comprometendo a credibilidade e o desenvolvimento dos serviços aéreos no Brasil, pois o esquema criminoso tem incriminado pessoas inocentes.
O procurador da República responsável pelo inquérito, Guilherme Göpfert, alertou sobre os impactos na sociedade, na imagem do país e em vários segmentos econômicos, dado o clima de desconfiança.
A investigação também busca uma revisão dos protocolos de segurança no maior aeroporto da América do Sul, a fim de evitar casos de troca de bagagens no futuro.
Entenda o caso
As brasileiras embarcaram em um voo de Goiânia (GO), fizeram uma escala em Guarulhos e foram presas pela polícia alemã ao desembarcarem no aeroporto de Frankfurt em 5 de março. Elas carregavam malas com cerca de 40 quilos de cocaína, que estavam etiquetadas com o nome das passageiras.
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