Durante a conferência global Internet for Trust, realizada pela Unesco em Paris, nesta quarta-feira (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender a regulação das redes sociais como prioridade da agenda global. A declaração foi feita através de uma carta lida pelo secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), João Brant.
Para Lula, a regulação das redes sociais é necessária para combater ameaças à democracia em plataformas online. “Não podemos permitir que a integridade de nossas democracias seja afetada por decisões de alguns poucos atores que controlam as plataformas digitais”, afirmou o presidente no texto.
Ele também usou como exemplo o dia 8 de janeiro, quando manifestantes invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto. “O que ocorreu naquele dia foi o culminar de uma campanha, iniciada muito antes, e que usou , como munição, mentiras e desinformação. Esta campanha tinha como alvos a democracia e a credibilidade das instituições brasileiras”, declarou.
Após esse episódio, Lula pediu que o ministro da Justiça, Flávio Dino, elaborasse uma MP para obrigar as plataformas digitais a retirarem conteúdos considerados ilícitos pelo Poder Judiciário. Sob a justificativa de que o vandalismo teria sido organizado através das plataformas digitais, ele cobrou respostas da comunidade internacional acerca do assunto, que é defendido por Lula desde a campanha eleitoral de 2022.
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