Em documento enviado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nessa segunda-feira (13), o Conselho Federal de Medicina (CFM) alertou sobre a ineficácia do uso de máscara na prevenção da covid-19. As informações são da Revista Oeste.
O documento destaca que as máscaras podem barrar partículas grandes do coronavírus (covid-19), no entanto, afirma que as partículas mais finas não são impedidas pelas máscaras, já que “tendem a permanecer no ar por muito tempo e viajar distâncias relativamente longas”. O centro de estudo concluiu que não há evidência científica que relacione o uso de máscara com aumento ou diminuição da transmissão de doenças pelo ar.
“Portanto, não há evidência científica de que o uso de máscaras de forma banalizada e disseminada na comunidade tenha algum impacto sobre a transmissão de COVID-19 ou mesmo redução de adoecimento. Isso inclui medidas como as da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que vem obrigando passageiros, tripulantes e funcionários de aeroportos a usarem máscaras quando entram no chamado “lado ar” do aeroporto. Além de não ter evidência de proteção, existe evidência de agravos à saúde dos tripulantes, passageiros e ao meio ambiente”, informou o CFM.
O informe é assinado pelo presidente do órgão, José Hiran da Silva Gallo. O conselho chegou a tal conclusão após analisar e revisar dezenas de publicações científicas referentes ao tema, incluindo tanto estudos favoráveis ao uso de máscara para a população quanto estudos contrários ao uso.
Foram encontrados indícios de prejuízos individuais e coletivos da adoção de políticas de máscara como as contempladas aqui. “Conclui-se que, diferentemente do que ocorre no contexto de profissionais de saúde em ambientes hospitalares usando equipamentos de alto nível, não há justificativa científica para a recomendação ou obrigatoriedade do uso de máscaras pela população em geral como política pública e combate à pandemia da covid-19”, conclui Conselho Federal de Medicina.
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