Leona da Mata
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), chamou, pela primeira vez, o grupo extremista Hamas de “terrorista”, durante discurso nesta sexta-feira (20). Na oportunidade, ele também se solidarizou com as crianças e vítimas dos atentados terroristas do Hamas ocorridos no dia 7 de outubro.
“Eu fico lembrando que 1.500 crianças já morreram na Faixa de Gaza. Crianças que não pediram para o Hamas fazer o ato de loucura que fez, de terrorismo, atacando Israel. Mas também não pediram que Israel reagisse de forma insana e matasse eles. Exatamente aqueles que não tem nada a ver com a guerra, que só querem viver, que querem brincar, que não tiveram o direito de ser criança”, pronunciou o presidente.
Durante o discurso, Lula também voltou a repudiar a guerra, a qual classificou como uma atitude de “irracionalidade” e “insanidade”, principalmente pelo fato das vítimas serem mulheres, idosos, e crianças. Em outra ocasião, o presidente já tinha classificado os ataques contra Israel como terroristas, porém ainda não havia citado diretamente o grupo responsável.
O Governo Federal, desde o início dos ataques do Hamas a Israel, tem evitado chamar o grupo de "terrorista". Há alguns dias, emitiu um comunicado no qual explica que o Brasil, como membro do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), deve seguir as regras e resoluções do grupo — que visa a promoção da paz.
“O Conselho de Segurança mantém listas de indivíduos e entidades qualificados como terroristas, contra os quais se aplicam sanções”, informou. “Estão incluídos o Estado Islâmico e a Al-Qaeda, além de grupos menos conhecidos do grande público.”
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